AÇÃO E GESTÃO JAPI - CRÔNICA: AGENOR SANTOS
Ação Japi, ocorre sempre quando há invasão ou apropriação de ideias, e até mesmo algo materializado. É muito comum se copiar e aperfeiçoar. Uma sistemática adotada por todo ser humano. Uma frase muito usual, poucos criam, muitos copiam. Pura verdade, que vez por outra é ignorada e alterada sem a devida observância de possíveis consequências negativas, pela ausência de conhecimento de causa e efeito, do alcance dos objetivos.
O Japi é um pássaro bastante conhecido no Nordeste. No Maranhão, na cidade de Arari é conhecido como Xexéu, demonstra ser inteligente e esperto, imita vários cânticos de outras aves. Mas nem sempre se sai bem. Ele não é construtor e por isso não tem plano de ação. Não constrói seu próprio ninho, porque não foi preparado para essa missão. Muitas vezes fracassa nas suas tentativas de posse dos ninhos de outros pássaros. Fica irritado e culpa o responsável pela construção e continua buscando outro para suprir suas necessidades. Mas o Japi é apenas um pássaro de coloração negra com amarelo no dorso, bico branco e olhos azuis.
A Ação Japi é conhecidíssima. Gestores de toda natureza, com indicações direta ou indiretamente, buscam ocupar ninho já construído para usufruir do legado positivo ou negativo do seu antecessor. Cabe ao atual gestor prosseguir ou alterar para resolver os problemas, o que exige tirocínio administrativo, compromisso, competência, ética e moral.
É pedir muito? Talvez sim, talvez não! Também requer humildade em reconhecer quando positivo, por receber o ninho feito e arrumado. Ninho é nosso lar, cidade, Estado e País, que precisam de educação, saúde, empregos, segurança e desenvolvimento.
Agenor Boaventura dos Santos
Pedagogo-Pós-graduado em
Docência Superior/Poeta.
Blog agenorsantos.simplesite.com